domingo, 30 de agosto de 2009

Chega de manhã bem cedo
Ou ao meio dia quando eu acordo
Não importa!

Mas chega
Mandando
Dando ordens
Quer café forte
Quer cigarro
Dipirona sódica
Aspirina
Não faz caso em misturar
Ela quer, e já!
Zoa da minha cara
Faz deboche
E passa o dia me enjoando
Minha nausea da sua dor não aguenta
Poe pra fora!
Mas ela ainda por dentro do meu dia, não se vai
Faz questão de devorar minhas horas
Como se não bastasse
Ainda tenta me derrubar
Sem piedade
Aquele chumbo de obesidade
Tamanha é a sua grandeza
Que nem no intervalo de suas pulsações
Eu ergo a minha cabeça.
Pede silêncio
Me joga na cama
Apaga a luz dos dias
E me defama.
Prometeu não me deixar sozinha
Pra todo o sempre estará comigo
Mesmo que eu não queira
E por mais que outra dor me adormeça:
Bom dia, dor de cabeça!

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