Me aventuro em estórias que nunca vivi,
Contadas pelos privilegiados em aproveitamento.
Reconto, realço e me aproprio em absoluto de vidas,
Narradas entusiasticamente pelos seus dito cujos.
Custo abandoná-las.
Pois quando lhe tomo, dou o rumo que quero
e lhe cai adequado ao meu ver, esculhambado.
Reformulo os dados ao meu agrado,
(se é que isto mesmo existe).
Mas, consiste os fatos que lhes deixo duvidar!
E eis que surge,
Os primeiros interessados no que vivo (a contar),
lendo o outro que escrevo. Coitados!
Bastardos espectadores da vida alheia,
Guerreia consigo mesmo
A vontade que lhe tomas em me ver encalhar
Em uma poça de lágrimas
Jorradas junto ao seu veneno diário.
Retardatários de suas próprias vidas.
Alimentas uma inútil expectativa
Que lhe fizeste ler-me até aqui.
O mesmo nada que lhe escrevo,
carregas dentro de ti.
A PEQUENA POETA ADVERTE:
Nada pessoal / Nada pra fazer.
#Com todo respeito aos meus leitores. Volte Sempre!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Além da Água e do Sal
De repente eu me tornei alvo fácil demais pra dor
Onde ela se alimenta todo ano
Com seu ciclo de início, meio e fim em mim.
Acasala-se e procria.
Não se esconde, ao contrário,
Ela anuncia a chegada e se estabelece
Cresce, amadurece, visando o meu fim.
Difícil driblá-la, posto que no meu ser ela apropria-se com perfeição.
Que Você (Dor) me permita seguir adiante,
Com um pouquinho só de felicidade, e quem sabe
Seja a dose necessária pra eu sorrir pro estranho diante do espelho
Que precisa alimentar seu próprio coração.
Se o que jorra vai muito além da água e do sal,
Transborda em mim ou pouco mais desse mal,
Pois no fundo dos meus olhos afoga-se o bem,
E neste acidente, me sinto sufocar também.
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